quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Raiva



Sob o meu lar
A imagem de tamanho tesouro
Correndo devagar
O meu rio que se chama Douro
Hidranjas de tamanhas cores
Em varanda de xisto acizentado
Que fazem lembrar  todos os amores
E o meu que em ti perdi bocado
É um rio que fere
Um olhar quase apaixonado
Numa fragância que sugere
Um suspiro  dum contemplar arrebatado
É uma imagem de Raiva
Que se cala em im em conflito
É mais uma terra de Paiva
Que me  ensandece num só grito
É o céu que descansa no monte
E que se refresca no estio
E  se esconde com vergonha no horizonte
Como nenúfar delicado  no rio
É o céu e o éden que eu cito
Que se guarda no meu horto
É um olhar sobre o infinito
Que nestas águas me levam até ao Porto.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Do fundo do coração


Do fundo do coração
Digo-te que podemos tentar
Outra vez dar a mão
Outra vez te poder amar
Não desperdiçarei  um desejo
Um minuto sequer
Não adiarei qualquer beijo
Porque te quero mulher
Quero agarrar sem aviso
O cair duma lágrima qualquer
Segurar em mim o teu sorriso
Sempre que teu desejo quiser
Quero ser teu
Sem dúvidas daquilo que não percebo
E todo o teu encanto quero que seja meu
Sem receio e sem medo
Quero arder do teu olhar
Que por mim muda de cor
No inferno de não te poder amar
No sabor de teu doce beijo
 Raio de luz de meu vitral
Adaga cravada em minha dor
Desejo em ti doce e sensual
Que se esvai  apenas de amor
Bem no limite de minha dor
Quero a brisa de teu vento
Nas amarras de teu desejo
Paraíso meu roubado no tempo.