Sob o meu lar
A imagem de tamanho tesouro
Correndo devagar
O meu rio que se chama Douro
Hidranjas de tamanhas cores
Em varanda de xisto acizentado
Que fazem lembrar todos os amores
E o meu que em ti perdi bocado
É um rio que fere
Um olhar quase apaixonado
Numa fragância que sugere
Um suspiro dum contemplar
arrebatado
É uma imagem de Raiva
Que se cala em im em conflito
É mais uma terra de Paiva
Que me ensandece num
só grito
É o céu que descansa no monte
E que se refresca no estio
E se esconde com
vergonha no horizonte
Como nenúfar delicado no rio
É o céu e o éden que eu cito
Que se guarda no meu horto
É um olhar sobre o infinito
Que nestas águas me levam até ao Porto.