domingo, 1 de dezembro de 2013

Adeus Pátria


Adeus pátria, bosque verde amistoso Minho
Fátima, fado, futebol, hino que faz arrepiar
De Trás-os-Montes e Alentejo
Adeus pátria, Algarve, Verão, praia que desejo
Amarga azeitona, da broa, famoso vinho
Primavera a florir no teu Lusitano olhar

Adeus mar tão cruel entre lágrimas rasgado
De insano e bravura em tua caravela
Que em novos Mundos te engrandeceu bocado
Assim nossa pátria fez-se grandiosa e bela

Terra de crença e bandeira da história
 De Ourique com cinco reis mouros vencidos
Cinco chagas de Cristo que evocam memória
De sete castros pelos sarracenos cruéis perdidos
Um Mundo nosso figurado pela esfera armilar
Tamanho homem banal, educado valente companheiro
Consumindo verdejantes prados de esperança no mar
De vermelha seiva corpo de valente marinheiro

Adeus pátria de nossa maior paixão
Mãe de coragem de contemplar romântico
Fado nosso que se apelidou nação
Vergel de Sol murado de Atlântico

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Cor de meu desejo



Corro em beijos a tua aduela
Desejo sentido de mulher mais bela
Cabelos longos que de Sol trespasso
Em cada gemido de tua face
Com Libidos beijos em teu regaço
Em tua língua, pro meu enlace
Teu ventre, meu oásis de carinho
Por onde para sempre quero estar
Minha sede, meu cálice de vinho
Meu éden, minha vontade de amar
Teu sorriso faminto e tão doce
Que se esconde acima dum beijo
Se de rosado teu desejo fosse
Serias sempre cor de meu desejo. 

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Punhal de Outono


Como tua teimosia tão surda e agreste
Não ouve os desígnios de tua sensação
Alma perdida no perfume dum amor silvestre
Que adormece e dilacera esse doce coração
Lábios teus que se cerram em tua dor
Entre rosados sorrisos dum Outono quase castanho
Que embusteiam tudo, mas não o amor
Ocultando um desmesurado querer de encanto tamanho
Leio tuas folhas caídas em teu olhar
Soneto escrito por ti só para mim
Doces palavras gravadas em azul do mar
Poema de beijos dum amor sem fim
És punhal que se crava sem jeito
És mágoa imortal cravada em meu peito.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Fica comigo


Meu amor porque partes de mim
Com um lamento tão delicado
Fica comigo, porque eu te quero assim
Fica comigo mais um bocado
Qual movimento teu me fragmenta
Em pequenos pedaços que me atalham
E minha dependência em ti acrescenta
Por entre beijos teus que nesta tela se dissipam
Tal suspiro meu te acarinha
Mas te perturba também
Emenda de alma minha
Que é só tua e de mais ninguém
Sonho sentido que quero abraçar
Mas que se desvanece em tormento
Mulher de sonho que quero amar
Não por ora, mas sim a todo o momento
Qual sorriso teu me dilacera
Como punhal que me rasga e me acalma
Semente que brota em minha primavera
Que irrompe do inverno e me eleva a alma
Tal caminho teu que me acalenta
Por entre teus dedos, que amarram teus cabelos castanhos
É minha paixão que em ti acrescenta
A vontade de reter todos, os nossos abraços tamanhos
Devaneio doce que quase te pude mostrar
Em cada beijo que de mim roubaste
Alma gémea que me quiseste provar
O alento de poesia, que em mim saciaste
Meu amor nunca partirá de mim
Enquanto de ti em meu ser, tiver bocado
Serás sempre o princípio e o meu fim
Deste teu ser, que a te amar, está condenado!

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Nosso amor eterno



O amor que por ti sinto não definha
Não se consome, nem se debela
Por mim serás sempre minha
Pois para mim serás sempre a mais bela
O amor que trago em recato
Acrescenta em meu jardim sem aviso
A fragância a framboesa, que de teu sabor fico grato
Quando em tua boca, me dás a provar um sorriso
Como um Sol de Primavera vestido de cor
Que apenas se desnuda para contigo se deitar
E em teus lábios, num beijo atesta o sabor
Do prazer, do que é deveras saber amar
Tal qual uma estrela cadente
Que apenas uma única vez se entrevê
Tu és orvalho cintilante e tão diferente
Como lágrima que se esvai em cada poema que se lê
Como flor do deserto sem aroma mas perfumada
Que de seu odor nos deixa inserto
Que bem distante nos afaga, nossa alma abandonada
E nos teus abraços, me faz sentir de ti tão perto
És como vida que corre dentro de mim
Como qualquer rio que se esvai no mar
Onde de sede, meu amor não tem fim
És para mim o intento, de te poder sempre amar
O amor que te ofereço do éden roubado
É puro e sincero, pois brota dentro de mim
É devoção por ti, meu anjo alado
Que se esconde na penumbra dessa tua torre sem fim
O amor que em ti revejo
È mais forte, que o vento deste Inverno
É imortal, mas sangra quando te beijo
Num vermelho vivo, cor de nosso amor eterno!

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Any (Iracema)


Já não quero partir
Porque fujo do refúgio que me outorgaste
Minha existência se fecha em teu sorrir
Nem sei bem se me abandonei ou simplesmente me abandonas-te
O sol quase errante de teu olhar
Como aurora boreal de cor tão doce e singela
Iracema, que eu quero amar
Morena, tão cálida e tão bela
Teu dançar que me provoca
Neste embeiçado desejo
E teu corpo que em mim provoca
A vontade de um beijo
Paro, por momentos para te decorar
Não quero que este momento tenha fim
 Sim, és a mulher que quero amar
Omito em lágrimas o que vai dentro de mim
Sinto agora o ocaso dentro de meu ser
Porque o teu Sol se esconde dentro da minha alma
És luz, és vida, que me ensandece este anoitecer
Que me provoca, mas também me acalma
Não saberei se serão teus beijos doces salgados
Pelo mar belo e quente que nos demarca
Ou teus lábios em amor molhados
Que em meu coração para sempre deixaram marca
Nem sei sequer, se são teus olhos castanhos
Pintados pelo Sol num tom cor de mel
Sei apenas, que teus abraços são tamanhos
Que tingem minha alma num tom rosa pastel
Será por certo esse teu doce medrar
De um amor que se esconde de mim
Não, não tenhas medo de amar
Vem, desce dessa tua torre de marfim.

Syrus



Será que chove no éden eterno
Como chovia no dia em que o Sol em ti partiu
Tenho saudades do teu olhar terno
De teu pelo, do latir, da alegria que tua inocencia sugeriu
Parece que viveste sempre na sombra do sucesso
Nada importado com o que de ti dizer
Mas sempre humilde a casa foi o teu regresso
Sem teus donos nunca esquecer
Foste o companheiro do sonho de uma vida
Entre, tempestades, alegrias e alguma tristeza
Como sinto a dor da tua partida
Se existe céu para ti, estarás lá concerteza
Subirei eu quase sozinho bem ao alto do nosso morro
Dificil será agora, esse caminho sem ti, meu eterno cachorro.