És frescura
e felicidade num trevo
Arrancado por mim,
à luz do amanhecer
Poesia,
Que nem se quer me atrevo
Em ousar pensar,
sonhar,
ou se quer descrever
És o Sol,
que me encanta
Chuva,
que em mim se enxuga
e me lava a alma
Vento,
Que me sussurra enquanto canta
E me abstrai,
Em tamanha calma
És sabor de mel
Que sonho provar
És as palavras que faltam neste papel
E que poucas consigo arrancar
És o ribeiro,
Que me percorre
e me deixa,
ansioso de o beber
Desejo,
proibido que em meu corpo incorre
Em tamanho,
extremo e louco prazer
És a maior dor que sinto
De que só quem não ama
Não a consegue sentir
Sonho adiado,
Que em mim minto
De tua presença,
que revejo todos os dias,
de mim partir.