terça-feira, 23 de março de 2010

Penosa sorte

É como noite fria de Inverno

Que jamais de minha vida há-de cessar

De dor e dum frio eterno

Que o calor de teu sorriso não soube alcançar

É de mágoa minha ilusão

Que se apagou em teus braços

Que caminha só e sem perdão

Na míngua saudade de teus abraços

É de pesar meu sentimento de vida

Que não te encontra em lado certo

Que em teu coração tomou partida

E me quedou em sentimento incerto

É de vergonha que minha alma se encolhe

Que por amor se quis quedar

Que em palavras se tolhe

E não mais tua boca há-de beijar

É de amor meu tamanho desencanto

Que me deixa moribundo e em termino desnorte

Não terei eu em minha existência como o teu tamanho encanto

Que me devolva em vida esta penosa sorte.