Deixaram-me marcas indeléveis
Como o suave sussurro da tua voz
Como entre outros, os teus olhares tão débeis
Eras o pai o avô o pêndulo o patriarca
Que segurava nosso Mundo em teus dons
Teus gestos deixam em nosso ser tua marca
Que nos afaga e nos encurta em tuas mãos
Olhamos-te quase sem esperança de rever
O Homem que em nós cresceu e nunca nos deixou sós
Esse vulto de experiencia e de saber
Que se exulta em nosso peito e na alma de todos nós
Quase não necessitavas de te afirmar
Porque te ouvia-mos, sempre calados
E de nós nunca careces-te de escutar
Os sonhos que por ti, há muito foram conquistados
Fazes agora sem eu saber parte de mim
Porque eu sou este tu, por ter crescido contigo
Para outros a morte, parece ser o teu fim
Para nós a sorte, de te ter tido como amigo!